Fratura do Escafóide: Causas, Diagnóstico e Tratamento

A fratura do escafóide é uma das mais comuns no punho, representando cerca de 60% das fraturas do carpo. Este tipo de lesão geralmente ocorre devido a quedas com as mãos espalmadas, e seu diagnóstico pode ser complicado, já que as fraturas nem sempre aparecem imediatamente nas radiografias. Entenda os mecanismos de fratura, os sintomas e o processo de recuperação, que varia conforme a gravidade da lesão.

Compartilhe este post com seus amigos:

Facebook
WhatsApp
Telegram

O que é a Fratura do Escafóide?

A fratura do escafóide é uma das lesões mais comuns no punho, correspondendo a cerca de 60% das fraturas do carpo. O escafóide é um pequeno osso do carpo, localizado próximo à base do polegar, que tem uma função importante na movimentação e estabilidade do punho.

Mecanismo de Fratura

A fratura geralmente acontece quando a pessoa cai com a mão espalmada e o peso do corpo é projetado sobre o punho, causando a fratura do escafóide ou do rádio. O impacto pode resultar em dor intensa na região conhecida como “tabaqueira anatômica”, além de inchaço (edema) e, em alguns casos, equimoses que aparecem alguns dias após o acidente.

Diagnóstico Difícil: Radiografia Inicial

Um dos desafios no diagnóstico da fratura de escafóide é que ela nem sempre é visível imediatamente em radiografias, o que pode levar a um falso negativo. Caso haja suspeita de fratura, mesmo sem confirmação no primeiro exame de imagem, o tratamento preventivo envolve a imobilização do punho e polegar com gesso. Aproximadamente duas semanas depois, uma nova radiografia é feita para verificar se há sinais de fratura, uma vez que a vascularização do escafóide é deficiente, o que pode atrasar a resposta inflamatória e a reabsorção óssea.

Classificação da Fratura de Escafóide

A fratura do escafóide é classificada em diferentes tipos, de acordo com a localização do osso afetado, sendo que cada tipo influencia diretamente no tempo de consolidação óssea.

  • Tipo 1: Fratura de Terço Médio
    Consolidação esperada entre 10 e 12 semanas.
  • Tipo 2: Fratura de Terço Distal
    Consolidação esperada entre 10 e 12 semanas.
  • Tipo 3: Fratura de Terço Proximal
    Consolidação mais lenta, entre 10 e 20 semanas.
  • Tipo 4: Fratura do Tubérculo
    Consolidação relativamente rápida, entre 4 e 6 semanas.

Tratamento e Recuperação

Após o diagnóstico confirmado, o tratamento mais comum é a imobilização com gesso ou, em casos mais graves, a cirurgia para estabilização óssea. O tempo de recuperação depende da localização e gravidade da fratura, podendo variar de 4 a 20 semanas.

Conclusão:
A fratura do escafóide, apesar de comum, pode ser desafiadora para diagnosticar devido à sua vascularização limitada e à dificuldade de aparecer nas radiografias iniciais. É crucial que o paciente siga o tratamento adequado e, em casos de suspeita, não ignore os sintomas. O acompanhamento médico e exames adicionais, como radiografias posteriores, garantem o diagnóstico correto e uma recuperação eficiente.

O Canal Anatomia Fácil ajuda milhares de estudantes universitários e do ensino médio a se desenvolverem em anatomia e obterem sucesso dentro de suas graduações e profissões.

Meus Cursos

Já é Aluno? Acesse a área do aluno