O que é a Fratura do Escafóide?
A fratura do escafóide é uma das lesões mais comuns no punho, correspondendo a cerca de 60% das fraturas do carpo. O escafóide é um pequeno osso do carpo, localizado próximo à base do polegar, que tem uma função importante na movimentação e estabilidade do punho.
Mecanismo de Fratura
A fratura geralmente acontece quando a pessoa cai com a mão espalmada e o peso do corpo é projetado sobre o punho, causando a fratura do escafóide ou do rádio. O impacto pode resultar em dor intensa na região conhecida como “tabaqueira anatômica”, além de inchaço (edema) e, em alguns casos, equimoses que aparecem alguns dias após o acidente.
Diagnóstico Difícil: Radiografia Inicial
Um dos desafios no diagnóstico da fratura de escafóide é que ela nem sempre é visível imediatamente em radiografias, o que pode levar a um falso negativo. Caso haja suspeita de fratura, mesmo sem confirmação no primeiro exame de imagem, o tratamento preventivo envolve a imobilização do punho e polegar com gesso. Aproximadamente duas semanas depois, uma nova radiografia é feita para verificar se há sinais de fratura, uma vez que a vascularização do escafóide é deficiente, o que pode atrasar a resposta inflamatória e a reabsorção óssea.
Classificação da Fratura de Escafóide
A fratura do escafóide é classificada em diferentes tipos, de acordo com a localização do osso afetado, sendo que cada tipo influencia diretamente no tempo de consolidação óssea.
- Tipo 1: Fratura de Terço Médio
Consolidação esperada entre 10 e 12 semanas. - Tipo 2: Fratura de Terço Distal
Consolidação esperada entre 10 e 12 semanas. - Tipo 3: Fratura de Terço Proximal
Consolidação mais lenta, entre 10 e 20 semanas. - Tipo 4: Fratura do Tubérculo
Consolidação relativamente rápida, entre 4 e 6 semanas.
Tratamento e Recuperação
Após o diagnóstico confirmado, o tratamento mais comum é a imobilização com gesso ou, em casos mais graves, a cirurgia para estabilização óssea. O tempo de recuperação depende da localização e gravidade da fratura, podendo variar de 4 a 20 semanas.
Conclusão:
A fratura do escafóide, apesar de comum, pode ser desafiadora para diagnosticar devido à sua vascularização limitada e à dificuldade de aparecer nas radiografias iniciais. É crucial que o paciente siga o tratamento adequado e, em casos de suspeita, não ignore os sintomas. O acompanhamento médico e exames adicionais, como radiografias posteriores, garantem o diagnóstico correto e uma recuperação eficiente.