A primeira coisa que você precisa saber sobre a inervação de um membro, seja qual for, é que um nervo irá estimular um grupo muscular específico ou, em alguns casos, vários grupos musculares. Entretanto, este nervo nunca poderá inervar tanto o músculo agonista quanto o antagonista. Por exemplo, se um nervo estimula os músculos extensores (agonista), ele não poderá estimular os flexores (antagonista), pois os dois grupos musculares contrairão ao mesmo tempo e isso anulará o movimento, gerando um evento denominado co-contração, ou seja, a contração do agonista e do antagonista ao mesmo tempo.
No braço, especificamente, existem três grupos musculares principais: abdutores, flexores e extensores. Portanto, cada um destes grupos é inervado por nervos distintos. A seguir, detalhamos esses três grupos musculares e os nervos responsáveis pela sua inervação:
- Abdutores:
- O músculo deltoide, localizado na parte lateral do braço, é responsável pela abdução do braço. Este músculo é inervado pelo nervo axilar. Consequentemente, o nervo axilar desempenha um papel crucial na elevação lateral do braço.
- Flexores:
- Os músculos bíceps braquial, braquial e córaco-braquial, situados na parte anterior do braço, são responsáveis pela flexão do cotovelo. Estes músculos são inervados pelo nervo músculo-cutâneo. Assim, o nervo músculo-cutâneo permite a flexão eficiente do braço, facilitando atividades como levantar objetos.
- Extensores:
- O músculo tríceps braquial, localizado na parte posterior do braço, é responsável pela extensão do cotovelo. Este músculo é inervado pelo nervo radial. Dessa forma, o nervo radial assegura que o braço possa ser estendido de maneira eficaz, permitindo movimentos como empurrar.
Conclusão
Em suma, a inervação dos membros é complexa e coordenada, com cada nervo servindo a grupos musculares específicos para prevenir a co-contração e assegurar movimentos fluidos e eficientes. No caso do braço, a distinção clara entre os nervos axilar, músculo-cutâneo e radial, e suas respectivas inervações dos abdutores, flexores e extensores, respectivamente, exemplifica como a anatomia funcional garante que nossas ações diárias sejam executadas de maneira harmoniosa.